Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria (Missionários Claretianos)
Origens da Congregação
A Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria começa com as palavras “hoje damos início a uma grande obra” pronunciadas por António Maria Claret, reunido com cinco jovens sacerdotes numa pequena sala do Seminário de Vic, na Espanha, no dia 16 de Julho de 1849.
A iniciativa de Claret não surgiu de um improviso. Havia muito tempo ele vinha pensando antes de mais na necessidade de preparar sacerdotes para a pregação do Evangelho e depois reunir-se com quem se sentisse animado do seu mesmo espírito, para realizar com eles o que sozinho não conseguiria. A sua experiência como missionário itinerante pela Catalunha e Canárias tinha-o levado à convicção de que o povo precisava ser evangelizado e de que não existiam suficientes sacerdotes preparados e zelosos para esta missão. Mas Claret estava convencido de que se tratava de uma iniciativa de inspiração divina.
A finalidade desta Congregação missionária é promover por toda a parte e por todos os meios, a evangelização dos pobres, a conversão dos pecadores e a renovação da vida cristã.
Para realizar tudo isto, os missionários claretianos orientam: Colégios e obras sociais; Casas de pregação, de retiros e paróquias, missões populares renovadas, serviço específico aos consagrados, compromissos concretos pela paz e pela justiça; promoção da devoção ao Imaculado Coração de Maria; Centros missionários na América Latina, África, Ásia e Oceania; Centros bíblicos, Editoriais, Revistas, emissoras de rádio, e meios áudio-visuais, fundamentalmente.
Em finais de 2013 a Congregação contava com 19 bispos (2 Cardeais), 2.155 sacerdotes, 2 diáconos permanentes, 164 Irmãos, 553 estudantes professos e 120 noviços, em 64 países, 487 comunidades missionárias.
Missionários Claretianos em Portugal
Os Missionários Claretianos entraram em Portugal em 1898. Expulsos pela República, em 1910, regressaram em 1920.
Atualmente dedicam-se: ao Apostolado da Juventude (Lar Juvenil dos Carvalhos-Gaia, Colégio Internato dos Carvalhos, Colégio Universitário Pio XII, Apoio a Grupos Juvenis, Docência nos diversos graus de ensino); à Pastoral Paroquial, familiar e vocacional; à atividade missionária e paroquial em Angola e S. Tomé e Príncipe.
A sua presença em Portugal, formando uma Província, passa por Porto, Carvalhos-Gaia, Tondela, Fátima, Agualva-Cacém, Lisboa, Setúbal e Alvor (Portimão).
Missionários Claretianos em Agualva-Cacém
Em 1956, esta casa foi adquirida para aí funcionar o Noviciado dos candidatos à Congregação, em Portugal. Para além dos noviços faziam parte da Comunidade, 3 sacerdotes e 3 Irmãos professos. Em seis anos professaram 57 noviços.
Sucessivamente, acolheu jovens professos na fase dos seus estudos de Filosofia (1963-1967) e mais tarde, de Teologia (1967‑1976).
Entretanto a partir de 1971, acentua-se a crise vocacional com a consequente redução drástica do número de candidatos, o que levou a que a casa tivesse cessado as suas funções formativas.
A partir de 1976, os membros da Comunidade passaram a dedicar-se totalmente ao cuidado pastoral da zona: Agualva, Cacém (mais S. Marcos) e Mira Sintra, responsabilizando-se também, a partir de 1976, pela orientação das paróquias de S. João das Lampas, Terrugem e Montelavar, até 1980.
Estão confiadas ao cuidado pastoral desta Comunidade, composta por 5 sacerdotes, 3 paróquias, a saber: Nª Sª da Consolação de Agualva; Imaculado Coração de Maria do Cacém; S. Francisco de Assis de Mira Sintra.
Como estrutura de apoio à atividade pastoral da zona destas 3 paróquias, a Comunidade Claretiana disponibiliza e organiza espaços, serviços pastorais e celebrações que no seu conjunto se designam por Centro Pastoral Claret.
Claret orientou a sua vida para um único objectivo: a glória de Deus e a salvação dos homens. Através da palavra oral e escrita, procurou anunciar a todos, a mensagem do Reino. Pároco, pregador popular, arcebispo, confessor de reis, padre conciliar… Claret foi acima de tudo, missionário.